ACORDAR E PERCEBER

Acordar e perceber

O quão bom é teu amanhecer.

Sentir a falta do coração que ali palpita

E não conseguir esquecer

Aquela doce alma que a mim recita

A pureza da poesia do ser.

De noite, de dia,

À capela,

Numa sutil nostalgia

Que o calor revela

No ardor, na dor,

No ato de descrevê-la com alegria

Em versos singelos

Repletos de amor.

Onde senti o mundo que existia pra ela

Afinando-se ao meu,

E no interior do meu eu

(o coração acelera)

A alma desespera,

Pra sonhar o que nunca viveu.

Bela deusa singela

Que a mim seus versos deu

Ah, quem me dera!

Estar agora nos braços dela

Pra cobrar os tantos beijos que me prometeu.

Minha divina donzela

De olhos penetrantes,

De beijos flamejantes

E conversas infantes

Que ninguém acreditaria que aconteceu.

Ocultadas ali,

Nos degraus das escadas

A abraços e apalpadas

Pedindo-lhe

Para não deixar perder-me

Em meio aos olhares

Das paixões enevoadas...

In "POESIA" (Palavra é arte), 2016.

Sivaldo Souza"

Sivaldo Souza
Enviado por Sivaldo Souza em 07/08/2016
Reeditado em 03/03/2021
Código do texto: T5721587
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