A Viúva Negra E O Pinguim

Vai Viúva Negra,

tece e me prende em tua teia,

depois eu te devoro toda,

pra que você possa percorrer em minha veia.

Sua aranha venenosa,

do veneno mais doce que o mel,

você é tão saborosa,

mesmo sendo tão cruel.

Teu veneno enfeitiça,

e apaixona esse pinguim,

pra fugir de ti tenho preguiça,

enquanto ave te quero só pra mim.

Você passa grande parte do tempo,

tecendo com perfeição a tua teia,

e quando ela tá pronta, prende o teu passatempo,

e preso em tuas garras, o amor incendeia.

Viúva Negra perigosa,

ainda te engulo minha arteira,

comendo e saboreando você de forma gostosa,

e assim faria por uma vida inteira.

E no dia que eu me alimentar de ti,

não te cuspo nem te escarro,

vou com afinco te sentir,

como um fumante sente o cigarro.

Posso te bicorar e te vencer em um minuto,

mas insisto em me fazer indefeso,

acredite que se o teu sabor me causar um orgasmo absoluto,

eu não ficaria surpreso.

Vai Viúva Negra,

me prende, me morde e me amordaça,

vai ficar louca de vontade,

feito bêbado querendo cachaça.

As vezes fica parada,

aproveito pra em você me enroscar,

mas cheia de energia, diria que excitada,

não demora e vem pra cima de mim se alimentar.

De você eu como muito,

e de mim come também,

em migração te quero no meu circuito,

e que um anjo diga amém.

Quero contigo me banhar nas águas do sul,

e sentir um prazer molhado,

aí de vez te como na imensidão do azul,

e de tesão fico esgotado e relaxado.

Ricardo Letchenbohmer
Enviado por Ricardo Letchenbohmer em 07/08/2016
Reeditado em 07/08/2016
Código do texto: T5721401
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