A Viúva Negra E O Pinguim
Vai Viúva Negra,
tece e me prende em tua teia,
depois eu te devoro toda,
pra que você possa percorrer em minha veia.
Sua aranha venenosa,
do veneno mais doce que o mel,
você é tão saborosa,
mesmo sendo tão cruel.
Teu veneno enfeitiça,
e apaixona esse pinguim,
pra fugir de ti tenho preguiça,
enquanto ave te quero só pra mim.
Você passa grande parte do tempo,
tecendo com perfeição a tua teia,
e quando ela tá pronta, prende o teu passatempo,
e preso em tuas garras, o amor incendeia.
Viúva Negra perigosa,
ainda te engulo minha arteira,
comendo e saboreando você de forma gostosa,
e assim faria por uma vida inteira.
E no dia que eu me alimentar de ti,
não te cuspo nem te escarro,
vou com afinco te sentir,
como um fumante sente o cigarro.
Posso te bicorar e te vencer em um minuto,
mas insisto em me fazer indefeso,
acredite que se o teu sabor me causar um orgasmo absoluto,
eu não ficaria surpreso.
Vai Viúva Negra,
me prende, me morde e me amordaça,
vai ficar louca de vontade,
feito bêbado querendo cachaça.
As vezes fica parada,
aproveito pra em você me enroscar,
mas cheia de energia, diria que excitada,
não demora e vem pra cima de mim se alimentar.
De você eu como muito,
e de mim come também,
em migração te quero no meu circuito,
e que um anjo diga amém.
Quero contigo me banhar nas águas do sul,
e sentir um prazer molhado,
aí de vez te como na imensidão do azul,
e de tesão fico esgotado e relaxado.