O que faço?

O que faço?

Se os seus lábios

se prolongam nos meus?

Se o perfume não se evapora

Passa o tempo, passa.

Se tua retina se desenha

nas cores da poesia?

Se amanheço em ti,

antes de orar?

Se no Ipê te reinvento?

Florido, presença. Seco, ausência

No Sol, vida que incendeia

No crepúsculo, saudade

O que faço?

Se és estuário do meu rio

em sonhos e desejos?

Se não encontro saída no

labirinto que há em ti?

Olynda Bassan

olyndabassan
Enviado por olyndabassan em 04/08/2016
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