Narciso

Na beleza de um olhar indiscreto,

vejo a trama derramar-se por

completo, em cores infinitas.

Da meiguice, vejo o quão profundo, nobre,

humilde gesto, pode haver no bem que seja

aperceber-te. Logo noto, este olhar, correspondido,

flagrantemente, proibido! Olhar que me persegue.

Do silêncio, racunho esmiuçado, obrado por quem

lhe tenha emprestado os olhos de Deus para transmi-

tir carinho, pois você, comigo, jamais, amigo,

ousará ficar enfermo nem a ermo (em desabrigo).

Do fim, ainda posso ver o início. Por isso, peço:

olhe para mim quando falar contigo. Quando eu te

olho, me vejo e quando te vejo, simplemente, não

vejo nem desejo. Além de ti? Mais nada...

Autor: Augusto Felipe de Gouvêa e Silva.

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Poeta Curitibano
Enviado por Poeta Curitibano em 02/08/2016
Reeditado em 04/01/2017
Código do texto: T5717074
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