Elegia á musa

Deixo perder-se o meu olhar,

iludido a contemplar a tua silhueta

e na nobre arte de poetizar,

empunho com emoção minha enfática caneta.

A visão que adorna meu desejo,

é um misto de anjo e mulher,

tem na face um suave gracejo

e o olhar de quem sabe o que quer.

Poderosa ninfa que me inspira,

contagia e acelera a minha pulsação;

por ti meu Eu poeta suspira...

Tu és a melodia que enfeita a canção.

Dos olhos verdes que me atraem,

guardarei o brilho e alegria.

Sou a mão, escravizando a caneta,

transformando tua imagem em altiva elegia.

As rasuras que marcam minha alma,

são os motivos de minha tristeza.

Que venha o tempo mostrar-me o contrário,

preenchendo este vazio com beleza.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 19/07/2007
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