Te vejo menina
Às vezes olho para ti, como se vê o mar, majestosa, livre, imensa e poderosa.
Depois te vejo com a fragilidade de delicada rosa, da indefesa crisália em Sedas.
Da ainda doce menina que sonha e se ilude, que joga, que imagina, que ainda reza.
Que curiosa e temerosa entre as cores de batom e sombras
Aquela menina que de pouco a pouco, se torna mais amiga do espelho,
Que fixa nos detalhes de seu corpo. que também gosta dos aromas de perfumes e essências.
Mais aprecia e agradece, o cheiro da chuva e o cheiro da aurora e da tarde.
Que gosta da carícia, das Sedas e rendas,
Mais conserva em sua bagagem a sua fita de menina e sua escova de cabelo.
E através do teu olhar, onde terna e forte se paira a tua alma,
Posso ver nascer o sortilégio da Incipiente chama da tua magia
Olho as jóias de teu cabelo, misteriosa e selvagem.
Olho para a mulher que sairá entre os seus caracóis.
E vejo seus lábios trêmulos que guardam os suspiros
De um amor, talvez não tão distante...