Desconhecida
Agarrado ao travesseiro
E tentando agarrar o sono,
Veio a minha mente
A sua imagem.
Você era diferente,
Pois um dia tudo mudou
(mas quando?)
Aquela pessoa que conhecia
Saiu pela porta e nunca mais voltou.
Diga-me, por favor,
Aonde aquela alma foi,
Aqueles caprichos seus
Perderam-se como uma criança de sua mãe.
Do peito sobe a saudade,
Saudade que dói e me destrói
Quem é essa pessoa que aqui está?
Não é aquela que de mimos me enchia
Nem aquela que palavras de amor me dizia.
Por favor, se vá
E chame aquela alma de volta,
Quero-a presente aqui e agora;
Vá sem demora.
Antes, chamava-a de amor,
Agora é algo que desconheço;
Por que? Por que mudou tanto ó criatura?
Foi por escolha ou por amargura?
Mas, mesmo não sendo aquela,
Ainda carrega a virtude de boa dama.
Faça-me a gentileza, por uma última vez
Diga que me ama.