A Chegada
Estava na tua boca
era pele, a tua necessidade
a terra quente e sedenta
a tormenta,
a foz do rio onde tudo era luz e nada,
desespero.
Arrasto a hora desvairada
e a boca morde-me os teus beijos,
palavras rudes, doces, cortadas.
O corpo é profundidade, voz estranha,
e, derramado, há sexo
no cais da maravilha.
A seguir eu não existia.