A Chegada

Estava na tua boca

era pele, a tua necessidade

a terra quente e sedenta

a tormenta,

a foz do rio onde tudo era luz e nada,

desespero.

Arrasto a hora desvairada

e a boca morde-me os teus beijos,

palavras rudes, doces, cortadas.

O corpo é profundidade, voz estranha,

e, derramado, há sexo

no cais da maravilha.

A seguir eu não existia.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 29/07/2016
Código do texto: T5712521
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