Quero amar-te!
Quero amar-te!
Esfaimado por teus carinhos,
A nutrir paixão e esperanças,
Na exigüidade do viver presente.
Ante a antítese dos almejos sedentos
De querer te amar e ter-te ausente.
Assombrosa paixão! Que tempestade!
De lembranças nostálgicas! Sôfregas!
Logo, lamurio pela tua ingratidão!
E lanço um grito – lampejante e triste!
Como um corisco – buscando teu coração.
Nos imbróglios simultâneos da alma,
Jamais rejubilada por teu abraço desejado.
Nem ao menos um beijo sub-reptício!
Nem um simples olhar! Quiçá, consternado!
Ao ver-me exposto em tão altiva desgraça!
Oh! Coração pétreo e bastante inexorável!
Súbito! Uma realidade fortuita me absorve,
E eis uma alavanca de desesperanças,
E estas miseram conjeturas são expatriadas...
E só me resta um jazigo sem flor, sem cravo,
Distante de tua beleza, de teu amor, de teus afagos...
DJALMA PEREIRA GUEDES