Estátuas
A cabeça é de pedra
e ninguém está no corpo truncado
de vandalismo e tempo.
É o mármore que inventa cada sentido
definitivamente perdido.
Estou só no fim dos teus passos,
eco dos meus,
e pelas bocas de pedra te escuto
na imaginação.
As estátuas continuam mutiladas e cegas
parou nelas o poder de deuses e Reis
que geme ainda na memória.
Solitário e inútil
sinto nebuloso o anoitecer.