Estátuas

A cabeça é de pedra

e ninguém está no corpo truncado

de vandalismo e tempo.

É o mármore que inventa cada sentido

definitivamente perdido.

Estou só no fim dos teus passos,

eco dos meus,

e pelas bocas de pedra te escuto

na imaginação.

As estátuas continuam mutiladas e cegas

parou nelas o poder de deuses e Reis

que geme ainda na memória.

Solitário e inútil

sinto nebuloso o anoitecer.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 26/07/2016
Reeditado em 26/07/2016
Código do texto: T5709920
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