Prazer de Amar
Prazer de Amar
Gera-se, no poeta, vivo,
o prazer do amor eterno;
o frémito da sua criação
lhe invade a mente febril,
e o deleite de amar escorre
pelos seus dedos trémulos,
em palavras incongruentes
à lógica na pureza do papel.
Só no sonho intemporal, o poeta
decifra a amálgama dos rabiscos,
descodificando-lhes as emoções
no tempo dos sentimentos vividos.
E nesta perturbada melancolia,
o poeta levita de si mesmo,
voa, nos acordes dos cantos da beleza
que trespassam o coração desejado.
O poeta inspira-se na natureza,
nos aromas vivos que o enamoram;
No seu olhar trespassam cenas,
cores e movimentos infinitos.
Ouve, o poeta, melodias dolentes,
envolvendo-o no êxtase do desejo.
Mas o seu ser se encerra, feliz,
no prazer de amar a eleita amada.
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