Duplamente.

Como vai, meu amor, nesta noite negra?

Se as folhas, secam neste solo?

Sou apenas um dia, esquecido.

O inverno é apenas seu clarim.

Roda e vira, fere e alcança.

Lavrando teu vão de purezas uivantes.

Ó tarde, que o pôr, nos condena.

Pelos arredores das minhas lágrimas.

Nas fases da minha dor, uma solidão.

És tu, ó ventania bargante,

Nascendo ao chão, pela sua indiscrição.

Um aleijo na minha face arranhada,

Onde vai, contigo serei, cristalino.

E o tremor, duplamente, amiga?'

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 25/07/2016
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