CHEGA!
Maria Luiza Bonini
Chega de viver na eterna espera
De que o amor bata à tua porta
Posto que, tênue, tal folha morta
Sobrevive só em tuas quiméras
Chega de sonhar com o impossível
Tentando pintar com níveas nuances
A triste negritude de um romance
Que se esconde, mergulhado no invisível
Chega de prantear e bradar em teus apelos
Por aquele que se posta inerte e indiferente
Aumentando o vazio que habita a tua mente
Chega de beber do cálice da amargura
Pois é de doçura que o amor se alimenta
Afugentando o mal da dor que te atormenta
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SP. 06.abril.2012