Retrovisor interno
Teu nome quase escapa num ato falho
deve ser a saudade usando o seu relho;
quem sabe, Deus treinando seu filho?
Não sei, os argumentos todos recolho,
apenas amor, sem espaço para orgulho...
Ocupas compulsória todos meus lugares,
impossibilitando assim, novos quereres;
afinal, esses espaçosos, antigos sentires,
são mais intensos que pretensos amores,
dos quais escuto, falares vagos, alhures...
Que esse amor que só o tempo tem gasto
gaste contigo, espero por um reles gesto;
se, olhando pelo retrovisor ainda insisto,
deve ser, porque, de ter esperança gosto,
du, ver morrer de fome o amor, soa injusto...