Solo Molhado.

Nas águas dos meus prantos, idolatro.

Sobre a rocha, no haver do oceano,

Desmancha a vida no sacrifício.

Minha vida, sobre teu corpo desnudo.

Acariciando teus lábios perfeitos.

Juntando areias por meu corpo,

Esfregando teus gozos no meu âmago.

Tragando o lume do universo.

Lindo emanando pura beleza;

Contendo nossos corpos, debutantes,

O vento pousa exaltando o clarão.

Sobre o carmim, da vida, povoando.

Sob a sina da estação emaranhante.

O ardiloso solo molhado.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 22/07/2016
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