COM LICENÇA, VINÍCIUS DE MORAES!
“Poetinha”, com licença
Vou teus versos refutar
Apesar da diferença
Tomo esta liberdade
Falo da fidelidade
Daquela que sabe amar
Teu soneto referido,
Promete tal sentimento
Mas nada é garantido
Prevês a chama apagar
Se a morte te procurar
Essa angústia do vivente...
Tu dizes no teu poema
Que teu amor é restrito
Não tenho este problema
Isso posso garantir
Que se a outra vida existir
Meu amor será infinito!
"E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure".
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure".
Vinícius de Moraes
“Poetinha”, com licença
Vou teus versos refutar
Apesar da diferença
Tomo esta liberdade
Falo da fidelidade
Daquela que sabe amar
Teu soneto referido,
Promete tal sentimento
Mas nada é garantido
Prevês a chama apagar
Se a morte te procurar
Essa angústia do vivente...
Tu dizes no teu poema
Que teu amor é restrito
Não tenho este problema
Isso posso garantir
Que se a outra vida existir
Meu amor será infinito!