E assim, tu vais morrendo

Se consumindo entre meus ais

Pois a angustia assim permite

Esse amor tão sofrido em mim.

 

E minh'alma, enfim, padece.

Tão presa entre minhas entranhas

Se por ti ainda chora e lamenta,

Quando de encanto, perdeu-se em grande dor.

 

E na desilusão desse amor fadado

Que num sussurro ainda respira em vão

Quando ainda me perco entre as orgias

E me amordaço no calor de tuas mãos

 

E nessa sofreguidão de desejos louco.

Visto tua alma em meu ser,

E vislumbro o teu semblante, o meu dilema

Onde estremeço sem pudor.

 

E em tuas mãos eu vivo e danço.

Com a ilusão de quem vive e sonha

Quando na ânsia me deixo devorar,

Degradada em tuas mãos