amor
vivo assim
entorpecida
entristecida
louca e perdida
desconheço a razão
por ser assim
por gostar de quem
não gosta de mim
tudo bem, um amor desgraçado
se acaba em uma noite
com uma garrafa de uísque barato
ou, em míseras poesias
meus olhos estão cansados,
de viver assim
procurando um sentimento
para que possam ser salvos
mas hoje eu vi uma moça
num espelho
ela sorriu
e até chorou
eu a vi de novo
dentro de mim
buscando algo
que queria
me entregar
era o amor!
veja só, o amor!
mas o amor
de mim.
passei a vê-la todos os dias;
ela sorri, murmura baixinho
"eu amo você"
e possui a felicidade de saber
que ela é só dela
de mais ninguém.
agora, vivo assim
ora entorpecida,
ora entristecida
com os olhos
carregados, esgotados!
do meu amor!
amor!
e nesta madrugada fria
irei sair, para beber!
para dançar, na chuva!
com esse amor
que tive a raridade,
de encontrar.