As mãos, levemente, molhadas

Nas manhãs frias

De um inverno em tons de sépia

Bem-vindas são as cores das cerejeiras...

Abro a janela na esperança

Que um tênue raio de sol apareça

E, em toques suaves, aqueça a cortina de renda.

Enquanto a tarde aproxima-se

E o som, mesmo distante da tua voz

Encontra o vento...

Saudade que toca o sino antigo

E nos voltas do tempo,

Nos circulares labirintos há tanto silêncio...

Sinto as mãos ainda, levemente, molhadas

Com as lágrimas da madrugada.