DESENCANTO

Meu amigo quero falar com você

A respeito da minha dor,

Quero convidar-lhe para beber

Para esquecer esse sofrimento de amor.

Sente-se aí nessa mesa

E peça uma bebida,

Fui desprezado por uma princesa

Que um dia foi a mulher da minha vida.

Dediquei meu tempo e a minha felicidade

Tudo para impressionar ela,

O que eu ganho em troca uma punhalada de atrocidade

E o que investi foi jogado pela janela.

Ela não teve coração

Ela não teve piedade,

Foi por água abaixo aquela paixão

Que esperava ter felicidade.

Garçom, nos traga uma garrafa de cerveja

Porque assim desabafarei o meu pranto,

Amigo analise agora e veja

Se eu mereço passar por esse desencanto.

Ela não quer me ver

E não sei por qual motivo,

Da minha vida não sei o que vou fazer

Ficar assim é inadmissível.

Ligo para ela para tentar conversar

Ela bloqueia a chamada,

Não sei até quando vou suportar

Ser desvalorizado por uma mulher que já foi amada.

Tenho que encarar esse momento de tédio

Que me castiga de forma injustiçada,

O amor dela é o remédio

Para curar essa solidão inacabada.

Amigo, quem nunca passou por isso

Não desejo a ninguém que queira ter essa experiência,

A dedicação que tive por esse compromisso

É o preço da minha carência.

Acho que nem bebendo

Não consigo tirá-la da cabeça,

De amor e de saudade estou morrendo

Pois quem ama não há aquele que esqueça.

MATUSALÉM DAS POESIAS
Enviado por MATUSALÉM DAS POESIAS em 12/07/2016
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