DEIXO-TE LIVRE...
Dói-me na alma
Saber que de mim não precisas,
Que minha presença ignoras
Como se eu nada fosse
E falta não te fizesse.
E é uma dor que não acalma,
Feito lágrima dolorida
Que teima em não me deixar.
E eu não sei lidar
Com esse sentimento de perda
Que invade o meu ser,
Como ausência doída,
Um desconforto tão imenso e frio
Que faz meu coração sofrer
Sentindo-te distante e vazio.
Foges de mim, eu sei,
Percebo até nas tuas palavras.
Te afastas, mas não me deixas
E eu sempre volto pra ti.
Que tolice a minha pensar
Que um dia pudesses me amar
Com o mesmo amor que te tenho,
E para trás tudo deixar.
Insanidade minha
Em algum momento imaginar
Que o teu coração eu tinha
Conseguido conquistar.
Percebo agora o teu silêncio
Como um punhal
Cravado em meu coração,
Tirando-me a vida e a razão,
E eu assim, inerte,
Deixo-me cair ao chão.
Eu não existo, eu sou nada,
Vejo-me assim abandonada
Numa esperança vã de amor,
Numa procura sem lucidez
De te ter ao menos uma vez.
Volta-me a razão por um momento,
Decido afastar-me de ti,
Não mais te procurar,
Enterrando este amor inútil,
Deixando de poetisar
Para alguém que me acha fútil.
E assim vou-me embora,
Deixo-te livre para me esquecer,
A chave do amor jogo fora,
Pois sem ele não sei viver.
By Denise Nogueira em 17/07/2007