Paixão
Desde que concebo vida e arte
Destarte mancebo desta parte
Me pergunto porque no caos
da usura até a loucura sou paixão?
É a grande metáfora da insanidade
Onde se deitam entre os selvagens
Somos déspotas desta trivialidade
Em existir por inverossímeis imagens.
Perde-se a aura da interpretação
Como os gregos eram intensamente
Minha cura vivia na compenetração
De existir local e perecer gregamente.
Onde existe a conexão da sensatez
Nem tudo deve ser feito pela paixão
Caso contrário, me rendo no caixão
Pois do excesso só vive um par de vez.