Paixão

Desde que concebo vida e arte

Destarte mancebo desta parte

Me pergunto porque no caos

da usura até a loucura sou paixão?

É a grande metáfora da insanidade

Onde se deitam entre os selvagens

Somos déspotas desta trivialidade

Em existir por inverossímeis imagens.

Perde-se a aura da interpretação

Como os gregos eram intensamente

Minha cura vivia na compenetração

De existir local e perecer gregamente.

Onde existe a conexão da sensatez

Nem tudo deve ser feito pela paixão

Caso contrário, me rendo no caixão

Pois do excesso só vive um par de vez.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 06/07/2016
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