A minha obra
Sentado em chão congelado
Meu coração fica fadado
Ao silêncio penetrante
De uma alma tão cintilante
Ás árvores são movidas pelos ventos
E as águas transbordam um sons sonolentos
Meus olhos começam a gotejar
No corpo a limpar
Fecho-me em minhas fantasias
Transformo tudo em poesias
O toque da minha mão
Que me leva a minha paixão
Sou um amante da natueza
E um explorar da beleza
Eu vou andando pela calçada
Cantando as cantigas mais faladas
Piso no chão de areia
Sinto meu espírito indo à beira
As folhas me cobrem de retalhos
E eu fico de braços abertos
Sento-me no chão congelado
Fecho meus olhos acastanhados
Ouço apenas uma voz
E a minha batida do meu peito veloz
Eras tu, meu amor
Pedindo-me uma história
E eu dando-te uma poesia
Desse lugar de muito clamor
Eras tu, a minha obra.