Alegoria

Então viveu como morreu

na fronteira da loucura

em um silencio absoluto

não choraram as carpideiras

não houve nem mesmo luto.

Não havia flores.. nada havia

nem mesmo uma lúgubre toada

no céu até a lua se escondia

e não era nem ainda madrugada

no estertor daquela noite fria.

Inevitavelmente era um adeus

sem que houvesse algum sentido

seu traço fraco foi desaparecendo

em seu derradeiro abrigo.

Há uma cálida nuvem que ali flutua

na alegoria da morte feito cinzas

é quarta feira e morreu às mínguas

e a morte resolveu esconder a luz da lua.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 04/07/2016
Reeditado em 05/07/2016
Código do texto: T5687612
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