CHORA VIOLA
Hoje sentado no terreiro com a minha viola
Esperei a lua como de costume
Mas a lua não veio me acompanhar.
Chora viola sem a lua como companheira
No terreiro a fogueira ardia levantando labaredas
O céu estrelado e na terra a solitária viola
Uma viola, um canto, um trago
E a saudade doendo em mim.
A viola toca mais uma que chama por ela
Mas ela insiste em não aparecer.
Escuto o estalo da madeira queimando
A rasga mortalha corta o céu agourando fechando a noite sombria
É anuncio que ela não vai aparecer
A viola insiste em chamá-la,
Oh, lua atende a súplica deste homem
Que abraçado com a viola chora a sua ausência
Lua ingrata perdida na vazio do espaço
E eu aqui sem você.
Volta lua!