Tela minha
*QUISERA TER GUARDADO
Teus versos nas madrugadas frias,
os sonhos nas noites sem ponteiro,
o ósculo incontido sem roteiro
rasgando o coração em demasia.
Lembrança das horas fado e sina,
da lágrima, meu único esteio
fazendo o coração meu cativeiro
que guarda teu olhar e me alucina.
Quisera que a dor deixasse marca
no despertar, na neblina, no vazio,
levando na saudade o vento frio
qual náufrago remando sem a barca.
Quisera ter guardada no porão
da alma prece e sonho em oblação.
Da alma prece e sonho em oblação,
não sei em qual momento debrucei,
mas vi o por do sol e desfolhei
minutos e segundos em oração.
Quem sabe ainda existe tatuagem,
sonhos se aninharam não sei onde,
resquícios no topo que suponho
de nacos hibernados na passagem,
dos anos traiçoeiros incontidos,
fazendo jardinagem nas montanhas
querendo acordar sonhos e manhas
de sonho e coração desiludidos.
Quem sabe guardo ainda agonias,
teus versos nas madrugadas frias.
***
Prêmio Cecílio Barros de Poesia
Academia Cabista RJ
*QUISERA TER GUARDADO
Teus versos nas madrugadas frias,
os sonhos nas noites sem ponteiro,
o ósculo incontido sem roteiro
rasgando o coração em demasia.
Lembrança das horas fado e sina,
da lágrima, meu único esteio
fazendo o coração meu cativeiro
que guarda teu olhar e me alucina.
Quisera que a dor deixasse marca
no despertar, na neblina, no vazio,
levando na saudade o vento frio
qual náufrago remando sem a barca.
Quisera ter guardada no porão
da alma prece e sonho em oblação.
Da alma prece e sonho em oblação,
não sei em qual momento debrucei,
mas vi o por do sol e desfolhei
minutos e segundos em oração.
Quem sabe ainda existe tatuagem,
sonhos se aninharam não sei onde,
resquícios no topo que suponho
de nacos hibernados na passagem,
dos anos traiçoeiros incontidos,
fazendo jardinagem nas montanhas
querendo acordar sonhos e manhas
de sonho e coração desiludidos.
Quem sabe guardo ainda agonias,
teus versos nas madrugadas frias.
***
Prêmio Cecílio Barros de Poesia
Academia Cabista RJ