Maquete
Vou condensar o meu amor em chumbo,
Pra que pesado tome mui pouco espaço;
Farei com asas, éter, ventos, o escambo,
Se for possível, claro! considero o tombo,
Em teoria, pelo menos, posso, e ora, faço...
Para que entendas, o quanto isso é vero,
por veraz, empresta peso, ao duro açoite;
sua raridade o faz, ser o insumo mais caro,
e toda a intensa espera angustiosa, espero,
poder dar-te amostra, apenas numa noite...
Como fazer o voluptuoso ser frágil, ameno?
Eis, um desafio que mostra minha carência;
como requerer do homem, veia de menino,
sei que, um balde de água, não é, o oceano,
contudo, serve para mostrar a sua essência...
Até a Dilma sabe, das vastas asas do Vento,
Disse que é impossível deter a sua ventania;
Tampouco eu, posso comprimir o que sinto,
Até que tentei tal redução, por um momento,
“Big Bang” expandiu-se o universo da poesia...