Maquete

Vou condensar o meu amor em chumbo,

Pra que pesado tome mui pouco espaço;

Farei com asas, éter, ventos, o escambo,

Se for possível, claro! considero o tombo,

Em teoria, pelo menos, posso, e ora, faço...

Para que entendas, o quanto isso é vero,

por veraz, empresta peso, ao duro açoite;

sua raridade o faz, ser o insumo mais caro,

e toda a intensa espera angustiosa, espero,

poder dar-te amostra, apenas numa noite...

Como fazer o voluptuoso ser frágil, ameno?

Eis, um desafio que mostra minha carência;

como requerer do homem, veia de menino,

sei que, um balde de água, não é, o oceano,

contudo, serve para mostrar a sua essência...

Até a Dilma sabe, das vastas asas do Vento,

Disse que é impossível deter a sua ventania;

Tampouco eu, posso comprimir o que sinto,

Até que tentei tal redução, por um momento,

“Big Bang” expandiu-se o universo da poesia...

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 03/07/2016
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