Meu Cavaleiro Andante

Meu Cavaleiro Andante

(da Poetisa Lírio ao seu Amado Poeta)

Quero acreditar,

És tu quem eu espero,

Ardentemente.

Quem de mim tem a alma fértil.

E eu sou quem esperas,

Para quem voas veloz

No teu indócil alazão.

Sou a alma que vive de ti

E, somente, para ti!

Vens montado na eterna saudade,

de crinas espalhadas pelo céu azul

Como nuvens alvas de ventura.

E eu imóvel como um cervo

Que se sente frágil

Perante a captura iminente.

E como eu te amo…

Perigosamente…

Frenética…

Ansiosa…

E, assim, construímos

Nosso mundo, nosso reino,

Onde somos soberanos absolutos,

Como previsto nas estrelas…

És o meu cavaleiro andante,

que me salvas de mim mesma,

Insuflando vida em meu coração,

E eu sou o fogo eterno em teu peito,

Que te aquece, te anima, te dá força

Nos combates em reinos de terror

E abruptos abismos distantes!

A minha alma está prenha de ti.

Gero vida em cada suspiro,

Em cada gesto, em cada sorriso,

E elevo o meu espírito cativo

até à tua alma faminta de mim.

Toma-me! Abre o portão nobre

De meu castelo de princesa

com a chave forjada a fogo

na fornalha dos segredos

de amantes eternos!

Te farei meu leal cavaleiro.

Jamais seremos seres solitários.

Jamais a saudade nos separará!

Nunca… Porque te amo demais!

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Poeta sem Alma e Poetisa Lírio
Enviado por Poeta sem Alma em 02/07/2016
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