Queria - pass 7/6/2015
Queria ter a chance de ser eu mesma, sem armaduras de auto proteção, sem flechas de críticas, que expõem minha opinião.
Queria ter a chance de me expressar sem palavras, de falar sobre eu mesma sem falar de outro alguém.
Queria ter a chance de ser espontânea sem ser controladora, de cantar desafinado, de falar no que acredito e do que eu não sei.
Queria ter a chance de rir do seu jeito, de questionar suas atitudes, de esperar suas palavras sem atropelá-las, sem interromper-te com minha ansiedade.
Queria ter a chance de te dizer adeus com a certeza de um até logo, de te abraçar como se não fosse a última vez.
Queria ter a chance de não esperar insatisfeita, de ser surpreendida com uma ligação, de ser desejada e infurecidamente encontrada.
Queria ter a chance de te ouvir silenciosa, de pensar antes de falar, de ser curiosa com suas palavras.
Queria ter a chance de ser ousada em ocasiões perfeitas, e tímida sempre que pudesse.
Queria ter a chance de te marcar, de te inspirar, de te elogiar, de me exibir.
Queria ter a chance de te conquistar, de te prender a mim para te ter por completo.
Na verdade, eu queria OUTRA chance.
As desculpas não dão lugar a esperança, mas a falta dela.
Que bom seria se o tempo não fosse como o vento que passa.
Que bom seria se pudéssemos agarrá-lo, podá-lo, aumentá-lo, torná-lo novo, torná-lo o mesmo, fezê-lo belo a todo o momento.
Que bom seria se ele fosse como uma viva folhagem, que regamos, que podamos suas imperfeições, que a plantamos onde queremos, que a multipliquemos.