Ondas Vadias
E no embalo das ondas vadias
Que atormentam mares, oceanos
Movidas pelas suavidade das brisas
Que insistem em soprar nos cabelos...
Na tenacidade frágil das bocas e beijos
Que se querem, que se mordem , que
Fazem dos lábios borrados de vermelho,
Dos dedos se entrecruzando, do toque...
No momento-agora-neste instante-já
Entre as nebulosas de um astro-rei-anão
Já não sei mais onde bate o meu coração
E qual a coloração dos Jardins de Alá.
Entre açucenas e outras flores perfumosas
O céu reflete o brilho no interior do teu olhar
Que nunca couberam nos meus olhos de Gilmar
Mas que furtavam os perfumes das loiras rosas.
E como um vento, um tornado ou um tufão
Tuas palavras vieram feito as folhas fabulosas
Que aguardavam o acalento da nova estação
Quando ficavam mais ternas, doces e mimosas.
Nem mesmo o pastor parnasiano profetizou
Que um dia das terras longínquas tu nascerias
Um misto de sereia, de fada entre as ninfas
Que este artifício de poeta um dia tanto... Sonhou!