Ondas Vadias

E no embalo das ondas vadias

Que atormentam mares, oceanos

Movidas pelas suavidade das brisas

Que insistem em soprar nos cabelos...

Na tenacidade frágil das bocas e beijos

Que se querem, que se mordem , que

Fazem dos lábios borrados de vermelho,

Dos dedos se entrecruzando, do toque...

No momento-agora-neste instante-já

Entre as nebulosas de um astro-rei-anão

Já não sei mais onde bate o meu coração

E qual a coloração dos Jardins de Alá.

Entre açucenas e outras flores perfumosas

O céu reflete o brilho no interior do teu olhar

Que nunca couberam nos meus olhos de Gilmar

Mas que furtavam os perfumes das loiras rosas.

E como um vento, um tornado ou um tufão

Tuas palavras vieram feito as folhas fabulosas

Que aguardavam o acalento da nova estação

Quando ficavam mais ternas, doces e mimosas.

Nem mesmo o pastor parnasiano profetizou

Que um dia das terras longínquas tu nascerias

Um misto de sereia, de fada entre as ninfas

Que este artifício de poeta um dia tanto... Sonhou!

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 01/07/2016
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