Frágil alma...
O vento frio balança meus cabelos
A garoa que cai molhando meu rosto
Disfarçando as lágrimas do meu pesadelo
E eu sigo na escuridão a contraposto...
Disposta a lutar contra o vento forte
E contra a tórrida angústia a queimar meu peito
Buscando uma resposta à minha triste sorte
De um amor que já tornou-se imperfeito...
A tristeza que habita o meu ser
Já transformou em marca registrada
E mesmo sem querer deixar transparecer
Encontra-se em meu rosto como fachada...
Já busquei na bebida meu desatino,
Esbarrando com a minha obsessão,
Não se pode escolher nosso destino,
Mas podemos acalmar o coração...
E esta chuva fina que acalma e molha
Vai tornando meu corpo cristalino,
Numa alma sem alento e sem escolha
De tantas lágrimas a derramar, feito menino...
Das tristezas, vou traçando as linhas de uma canção
Do âmago do meu tormento, tento em vão, retirar a calma.
Das névoas das cinzas que o vento leva desta paixão
Fica apenas um longo silêncio nesta frágil e romântica alma...