Há certeza no amor...
Hoje, somos ternura,
Desejo, loucura...
Do beijo, a candura...
Do sonho, a fantasia,
Do silêncio, às vezes,
Somos amargura...
Desejamo-nos com a intensidade
Que dói a alma;
Amamo-nos com a delicadeza
Que nos traz a calma...
Quem nos olha,
Vê que em nosso amor
Há tanta verdade,
Que, tenho certeza,
Pra todo sempre,
Alvo fácil seremos,
Da inveja, da amargurada
E da crueldade...
Mas, pra comemorarmos
Toda essa nossa liberdade
E matarmos de ódio,
Quem nos amofina com sua maldade,
Poderemos nos amar,
Até quem sabe,
Chegarmos à beira da insanidade...
Ou, pra todo sempre,
Amarmo-nos como nunca
E vararmos toda a eternidade!
Mas também,
Quem nos manda sermos tão felizes
E declamarmos esse amor
Aos quatro ventos,
Assim, tão explicitamente?
Quem nos manda mostrarmos ao mundo,
Que amar sem restrições não é errado
E Amor é Amor somente, não é pecado?
E declamarmos esse amor
Aos quatro ventos,
Assim, tão explicitamente?
Quem nos manda mostrarmos ao mundo,
Que amar sem restrições não é errado
E Amor é Amor somente, não é pecado?
Ah, meu excelso trovador,
Não te aborreças com essa nossa sina,
Nem te ponhas em desalento,
Por conta desse nosso sentimento...
Se hoje, com nossa poesia,
Produzimos o pólen da flor
Que perfuma e alivia
O coração dos apaixonados,
Amanhã, com a força do que sentimos,
Revestidas por nossas ações e palavras,
Poderemos dar a esperança
Que o mundo tanto necessita:
Que sim, há mesmo certeza no amor...