Ao Amor Platônico
Palavras na alma engasgadas
Que fluem em pensamentos mortos
Talvez nunca pronunciadas
Por esses covardes lábios tortos
Por mais que a coragem me aflore
Me esbarro em sua maldade
Vai que eu te diga e implore
E tu só me tens amizade
É estranho te querer assim
Se olhar nos meus olhos vai ver
O medo mudo me prender
Te esperando me salvar de mim
No recôndito de minh'alma expresso
Como um pássaro em sua ninhada
E acabo transformando em verso
O desejo de ter-te namorada
Quando o "eu te amo" é mentira
Eu digo sem piedade
Já fiz de corações, catira
Pra alimentar minha vaidade
Mas e quando tudo é verdade?
Como dizer o que sinto?
Feito criança desminto?
Ou me trombo em sua maldade?
O fim vem chegando aos poucos
Acabara o medo de querer
Amo-te com a sensatez de um louco
E assim vou dizer, na próxima vez que te ver
Prepara-te