Coração ingênuo

Sempre se apegou, muita paixão

Sufocava-o com amor, muita pressão

Beijo molhado, um dia secou

O vento, sua companheira levou.

Acreditava no amor eterno

Mas o tempo isso também tomou

Cobriu-o de pedra, coração esfriou

Cuidadosamente suas fraquezas tapou.

Olhos azuis da cor do mar

Imensos e profundos, incontroláveis

Cabelos castanhos encaracolados

Não conseguiu não se apaixonar.

Seu coração derreteu, desistiu de tentar

Entregou-se a toda essa paixão

Não podia mais se controlar

A ingenuidade de outrora, voltou a reinar.