A um ausente
A razão me dá parcela, ao saudades sentir
O fado foi rompido, quando eu te vi partir
Pois o afeto é mais que o tempo, um existir
É soma e não subtrair!
Então, deixes o ponteiro das horas, hibernado
Ao meu lado o silêncio deixa de ser calado
Declamar-te me faz um plebeu encantado
Me faz enamorado!
Sim, tenho saudades te tua ausência
Teu cheiro, eterna, grata preferência
Ao meu amor, que ao seu faz eloquência...
Tenho razão de sentir saudades de ti,
pois este amor que sinto, nunca senti...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho de 2016 – Cerrado goiano