Bebe-me - Predestinados
Não se acanhe moço
Só a dor é certa!
A noite sagaz
- desperta-a
Em copos vils
- você perto de mim!
Há sangue deprimente na carne
Há mentira no riso que chora nu
As vestes - falsas rimas
Aqui, moço,
-Só a dor é certa!
Consolo torto
Bebo
Bebe-me
Vinho, saliva moço!
Por hoje
- a ilusão me basta
Vinho, suor
Não há lugar no céu
Maldito Infiel!
Bebe-me
A ilusão
- basta-me
por hoje.
Você longe de mim
Só a dor é certa!
A noite
- Bebe-me..
Circunspecto momento,
O esmero em possuir,
Verbos embriagados que
nos escorrem por sobre a pele
Frio tanto e desejos no quintal.
Dolorosos versos,
Fogosos lábios,
Deletérios tolos nas esquinas
e tanto antibiótico entre a cama e a tela.
Aqui, entrega iminente.
Aqui é dor!
Aqui é antes de tudo...
Predestinados.