SOBRE O AMOR, SOU APENAS UM HOMEM EMBRIAGADO
... eu nunca soubera
sobre o amor, embora dele
tenhais me falado,
às ébrias noites
em que nos aninhávamos
entre lampejos, desejos
e insânias;
talvez,
apenas talvez,
em minha ignorância
pluvial,
fora preciso
divisar os horizontes
do pueril menino
e do imperativo
homem,
sob teu assustado
olhar –
apenas para mostrar
que, ao fim, sempre sobra,
dos regozijos alvos,
o silente hiato;
e das sempiternas
dádivas, o incauto sonho
acabado.