Vamos tomar um café?
 
O amor é como o café, tem de ser expresso. Expresso em palavras, gestos e gostos. Amor não declarado, é como o café quente, dentro da vitrine, a gente vê as volutas do calor, mas não sente seu aroma, nem sabor. Não se prova seu gosto.
O amor, como o café, tem de ser açucarado, não melado, no ponto certo. Amor melado, atrapalha.
Ele tem de ser expresso com palavras certas, no momento certo, para despertar o sabor.
Assim como no café, o amor tem qualidades.
O café arábico, de sabor expressivo, mas delicado, com teor de cafeína mais baixo, lembra o amor de uma dama, deve ser servido com requintes, em xícaras de porcelanas especiais. É um café que é plantado em terras altas, frias, necessita de muito calor para compensar. Pode ser um amor duradouro ou passageiro, depende dos blends,  que sejam incorporados.
O café da espécie robusta, é totalmente diferente, derivado de plantas cultivadas em terras baixas, tem um teor de cafeína alto, é robusto, concentrado, encorpado, de sabor e aroma fortes, que entorpece, desatina, arrebata. Não fica só nos olhares e expectativas. O amor que se parece com ele, não se esquece, e dá frutos híbridos, como o café com leite.
Mas, o café, qual amor apaixonante, é também misto, como o caputino, com chocolate e até, de forma mais atrevida, com pimenta. Com esse, tome cuidado, você vai se apaixonar!