O tempo de antigamente
Com a paixão no peito
e nos braços o violão.
Eu vou em cada acórde
alegrando o coração.
Cada nota uma alegria.
Cada moda uma paixão.
Cada nota que vai saindo
na mente vem uma lembrança.
Daquele tempo tão lindo...
Tempo da minha infância.
Cresci e hoje sou homem...
Mas não deixo de ser criança.
Adoro modão antigo
e o sapateado do catira.
Essa arte esquecida
o meu corpo se arrepia.
Sou jovem mas eu amo
modão de viola caipira.
O pagode que eu curto
é do saudoso Tião Carreiro.
Um exímio cantador
e até hoje o melhor violeiro.
Ainda hoje é sucesso
os modão desse mineiro.
Recordo com saudade
do tempo de antigamente.
Olho e vejo com tristeza
a correria do presente.
Onde pessoas amam coisas.
Onde pessoas não amam gente.