Amar! só d'um amor que tenha vida...
Não que sejam só tímidos os beijos
Sem que fique pelos delírios e desejos
Mas pela ação duradoura e esclarecida!
 

     Amor que vive e brilhe! Luz fundida
     Que venha de mim – nunca desejos
     Nem artes do corpo – teus arpejos
     Amor entregue como forma de vida!
 

            Amor realizado em nós, noite do dia
          Realizado sorrindo, firmeza dos braços
          Nevoeiro das palavras, sempre fantasia...
 

               Nem de mim o sol ou a lua erguida...
               Nem corpos celestes, vazios espaços
               Com posso ser nada se o amor tem vida?

 
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 13/06/2016
Código do texto: T5665672
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