Holocaustos de Átomos
Holocausto de Átomos
De fato alguém torce
para cima o azul, o cinza
o laranja passarem bem devagar
não por ter medo de usar um preto
de pesar mais o dedo
pode passar para a ultima escolha feudal
que em meio dos quarenta do século vinte
comemoro sem teor o dia 15 de adar
em Berlin, mas mesmo assim
os arrepios de um inverno de bolcheviques
vem ao ar quando eu vejo a hora passar
Não se trata de um minimo múltiplo comum
cujo eu tiro das cartas noturnas
para ter a posse da mesma quatro pernas madeiradas
ou da sensação de onde bigodudos estão a queimar
quando caí uma lagrima
os estragos das barragens de mariana se tornam
os mesmos com os meus átomos
me ensine a forma mágica para um conforto
poderá ser em plumas de pontifícia
cargos derramados de verde
milhões de espectrogramas gritando o nome da arvore
em vão
o medo não é de holocaustos, também não é dos assírios
não é de Stalin, de Lenin, é um pouco de mulheres que beijam mulheres
eu vou me agarrar ao Kardec, para não sentir
as labaredas das insonias, que queimam
ao pensar na sua lápide ante a minha.
Para minha eterna e amada Bruna Caroline.