Holocaustos de Átomos

Holocausto de Átomos

De fato alguém torce

para cima o azul, o cinza

o laranja passarem bem devagar

não por ter medo de usar um preto

de pesar mais o dedo

pode passar para a ultima escolha feudal

que em meio dos quarenta do século vinte

comemoro sem teor o dia 15 de adar

em Berlin, mas mesmo assim

os arrepios de um inverno de bolcheviques

vem ao ar quando eu vejo a hora passar

Não se trata de um minimo múltiplo comum

cujo eu tiro das cartas noturnas

para ter a posse da mesma quatro pernas madeiradas

ou da sensação de onde bigodudos estão a queimar

quando caí uma lagrima

os estragos das barragens de mariana se tornam

os mesmos com os meus átomos

me ensine a forma mágica para um conforto

poderá ser em plumas de pontifícia

cargos derramados de verde

milhões de espectrogramas gritando o nome da arvore

em vão

o medo não é de holocaustos, também não é dos assírios

não é de Stalin, de Lenin, é um pouco de mulheres que beijam mulheres

eu vou me agarrar ao Kardec, para não sentir

as labaredas das insonias, que queimam

ao pensar na sua lápide ante a minha.

Para minha eterna e amada Bruna Caroline.

Douglas De Carvalho
Enviado por Douglas De Carvalho em 12/06/2016
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