Profecia

Ainda que queimem meu corpo, jamais morrerei.

Ainda que me prendam pelos pulsos, sempre serei livre.

Ainda que calem minha boca, calem meus gritos, minha voz por todo sempre ecoará.

Ainda que minhas costas sejam chicoteadas até o sangue pintar o chão, meu corpo jamais se curvará.

Pois eu sou todas as coisas que caminham na escuridão.

Sou todos os medos que serpenteiam pela noite.

Sou tudo aquilo que vive quando a morte aparece.