O Leito
Intrincados de beleza exclusiva,
Nascem os traços de sedição.
No ideário de leveza atrativa,
Cunhou-se a sedução.
Os braços manifestam a volúpia da vaidade.
Os lábios orquestram o flagelo da saudade.
Unidos no ardor da paixão escarlate,
Cada toque acrescenta, ao desejo, um quilate.
No oculto daquelas causticantes trevas,
O ar gélido que extirpa as rasteiras ervas,
Também é o que, aos amantes atravessa,
Mas neles a reação só mais os engessa...
Ao doce hálito do beijo cálido.
Mas é, de fato, estranho especular
Que a única a podê-los contemplar
É aquela a ceder-lhes um leito em abraço
Feito com galhos de seu próprio embaraço.