com teu nome à boca plena,

   a chamar-te, chamar-te
   e a roubar-te ;
   dás-me o alimento,
   adusto e sagrado,
   leite fresco das manhãs
 
   Ficas comigo...
   Revolves o cetim plácido
   que desfalece a paisagem
   de dentro
 
   Ficas em mim, no meu corpo em flor,
   como água pura e cruel,
   a desenhar montes, penetrar vales
   Estampas, outra vez, a tua virilidade,
   no ventre que te procura, Amor
 
   pra quando te fores,
   ainda dócil
   eu fique a te respirar
   no orvalho de cada pétala.

 

 



Ouvindo... 


DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 10/06/2016
Código do texto: T5662854
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