INEVITÁVEL
És um anjo, eu já sei, não me enganes
Olhando-te bem, quase posso ver-te as asas
Sei que a noite voas ao redor de minha casa
Outro dia o vento me sussurrou teu nome.
Mas o que veio um anjo fazer aqui na terra?
Por que fostes cruzar com o meu o teu caminho?
esta era tua missão ou era meu destino?
Quem por um anjo se apaixona acerta ou erra?
O teu poder, meu anjo, é privar-me dos sentidos
Tua presença torna meu pranto uma doce alegria
E quando partes, anjo meu, nem desconfias
Que me deixas corpo e alma retorcidos
Sou poeta, anjo lindo, transformo dor em poesia
Mas isso é pouco para tua imortal beleza
Pois não te mereço, tenho disso uma real certeza
Ter-te-ei somente em minhas fantasias
Nossa despedida inevitável será pra mim mortalha
Segurarei teu pé, contigo subirei nos ares
Mas sei que cairei do céu de teus altares
E ao cair direi teu nome, minha fada.
Com qual geração do romantismo este poema se assemelha e que características possui desta geração? Responda nos comentários.