INEVITÁVEL

És um anjo, eu já sei, não me enganes

Olhando-te bem, quase posso ver-te as asas

Sei que a noite voas ao redor de minha casa

Outro dia o vento me sussurrou teu nome.

Mas o que veio um anjo fazer aqui na terra?

Por que fostes cruzar com o meu o teu caminho?

esta era tua missão ou era meu destino?

Quem por um anjo se apaixona acerta ou erra?

O teu poder, meu anjo, é privar-me dos sentidos

Tua presença torna meu pranto uma doce alegria

E quando partes, anjo meu, nem desconfias

Que me deixas corpo e alma retorcidos

Sou poeta, anjo lindo, transformo dor em poesia

Mas isso é pouco para tua imortal beleza

Pois não te mereço, tenho disso uma real certeza

Ter-te-ei somente em minhas fantasias

Nossa despedida inevitável será pra mim mortalha

Segurarei teu pé, contigo subirei nos ares

Mas sei que cairei do céu de teus altares

E ao cair direi teu nome, minha fada.

Com qual geração do romantismo este poema se assemelha e que características possui desta geração? Responda nos comentários.

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 09/06/2016
Reeditado em 27/03/2024
Código do texto: T5662512
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