Deixa

Ai... a beleza, tão vazia e tão cheia.

Me atrai e me trai, me cospe e me traz

Me fuma, me traga e quando acho que te encontrei, não me acho, sou fumaça

Suas linhas padrões, o errado com linhas certas, meio poeta inverso, meio multiverso.

O amor não germina na sua língua, eu sei... por que, uma, duas, três vezes, em francês, eu tentei...

Ai... a beleza, bate em minha porta e só quer esmola.

Lhe ofereço tudo, mas o mundo é maior.

E de novo, as linhas do seu rosto se juntam às linhas do horizonte.

Seu amor é miragem, falsa tatuagem, uma imagem borrada com gotas de café.

Ai... o café, leve meu amor, mas deixe meu café.

Paulo LennonFA
Enviado por Paulo LennonFA em 08/06/2016
Reeditado em 09/06/2016
Código do texto: T5661166
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