Deixa
Ai... a beleza, tão vazia e tão cheia.
Me atrai e me trai, me cospe e me traz
Me fuma, me traga e quando acho que te encontrei, não me acho, sou fumaça
Suas linhas padrões, o errado com linhas certas, meio poeta inverso, meio multiverso.
O amor não germina na sua língua, eu sei... por que, uma, duas, três vezes, em francês, eu tentei...
Ai... a beleza, bate em minha porta e só quer esmola.
Lhe ofereço tudo, mas o mundo é maior.
E de novo, as linhas do seu rosto se juntam às linhas do horizonte.
Seu amor é miragem, falsa tatuagem, uma imagem borrada com gotas de café.
Ai... o café, leve meu amor, mas deixe meu café.