Noite escura
Sinto diluir minha carne
Na espantada e nublada noite
E a escuridão que me consome
É a companhia que me resta
junto com ruído dos bichos de habito noturno
Ainda me sobra um doce fio de lembranças
Das curtas horas que passamos juntos
As nuvens escuras passam devagar
Trazem pra junto de mim a frieza do seu coração
Sozinho e tremulo resisto a essa agonia
E latejando em meu corpo desprotegido
Uma esperança tola de que um dia isso acabe.