Bons desejos vis.

-Com motivos mais que especiais, escrevo esse rascunho dos meus desejos.

Sempre ouvir falar em momentos mágicos após o beijo.

Feliz eu comprovei desse tal sentimento fantasioso. Aquele momento em que fecho os olhos, sinto o perfume, o calor, a respiração daquele corpo que comprimia o meu entre os braços, por segundo tudo tornara silencio absoluto ao meu redor. Silencio esse que viera ser quebrado por duas vezes. Aos poucos meus sentidos delirosos passava a ser cúmplice daquele momento lindo, momento de sonho, carinhos... O frio que sentira naquele momento fora afastado com um abraço que não tinha apenas esquentado meu corpo e o ar ao meu redor.

O beijo quebrou o gelo em forma de muralha. Os lábios que beijava tinha um sabor diferente. Não um sabor de fruta como o morango ou coisa assim. Também não era doce. Aquele beijo era quente, forte...Aquele beijo tinha um sabor de felicidade, sabor do contentamento, o sabor da vontade da paixão. Aquela força escandalosa que quebrava o gelo dos sonhos e a barreira do invisível, aquele beijo fez-me um sonhador. Envolvido naqueles braços meu corpo queimava de desejo.

Meu tremulo corpo apoiava-se naquela mulher maravilhosa ali a minha frente. O beijo fazia meus sentidos pecar a ponto de desejar aquele corpo sob o meu, sensação maravilhosa...

Quando comecei a acreditar que era um sonho, outro beijo me trazia a doce realidade. Aquele beijo arrancara os meus desejos vis, mas nem por isso maliciosos. Eram desejos ousados de quem teve os olhos abertos pela pura beleza e sensibilidade dos carinhos. Agora horas depois busco aqui no lado vazio da minha cama aquele corpo que agora tanto desejo, minha boca grita em silencio a vontade de ter aquele beijo.

Aquele beijo me despia, eu imaginava nossos corpos comprimidos sob o amanhecer, desejava a nevoa cobrindo aquele corpo. Nesses desejos que estou a sentir, posso ter o doce daqueles lábios colados aos meus.

Tremulo continua meu corpo, com esperança que encontrará sob o frio lençol a tua presença, e assim possa ser consumado o ato do amor.

Por: Wdson Borges