DESATINO
Hoje nem te olhei...!
Meus olhos turvaram-se
E nem te percebem mais...!
Que desatino- Amor ingrato!
Nem tua sombra sinto
Imagina buscar na memória
Como era o teu sorriso
Teu gesto mais contente
Ah, eu quedei...
Sem vigor perdi o sonho
E esqueci o caminho- Espinhoso
E em lágrimas lavei minh'alma
E sem os sonhos eu sigo...
Sem as tormentas amargas
Tropeçando nas torpezas
De um vazio dilacerado.
E na minha insanidade
De uma dor desatinada
Perdi teu riso...!
Teu gesto mais contente...!
Que minh'alma vislumbrou!