Iracema

Tu és a mulher dos meus sonhos,

A mulher que sempre amei,

É verdade oh, querida,

Que jamais te neguei.

Te quero bem eternamente,

Provas tantas já te dei,

Por ti, lágrimas ardentes

Tantas vezes derramei.

Jurei-te amor, fidelidade

Jura que hei de cumprir,

Prefiro uma morte macabra,

Que um dia te trair.

Em Novo Horizonte, tu lembras

Das lágrimas por ti derramadas,

Tu lembras, eu sei

Eu sei oh, minha amada.

Tu és minha esposa, mãe, irmã,

És companheira na alegria e na dor,

És a vida da minha vida,

És tudo que tenho, tudo que sou.

Nossos filhos oh! Querida!

Frutos do nosso amor,

Sejam para nós, os degraus

Da escada que nos conduz ao Redentor

Neste momento percorro a estrada,

Cada quilômetro vencido, proclamo;

Estou indo querida idolatrada;

Eu te amo, eu te amo.

Obs.: Escrito, em 1963, dentro de um ônibus da Viação Pretti, indo para Novo Horizonte, onde morava com minha família.